Quando foi a última vez
Em que você soltou o leme e confiou?
A última vez
Em que dobrou os seus joelhos
E se libertou da triste pretensão de se bastar?
Solte as mãos
Você não está sozinho
Solte as mãos
Não dorme o olhar que vela por você
Ê, yeah, yeah, yeah, yeah
Por você
Ê, yeah, yeah, yeah, yeah
Quando foi a última vez
Em que você desabrigou a sua dor?
E se abandonou
Na rara calma de quem sente o amor ali guardar
E assim buscou impulso pra saltar
Solte as mãos
Você não está sozinho
Solte as mãos, yeah
Não dorme o olhar que vela por você
É, a vida joga e você nem sente
Golpe na mente chega pra te derrubar
Na tentação de ser suficiente
Você insiste, inocente, na noia de se sabotar
O mundo é Troia, você Aquiles
O invencível, daqueles que ninguém pode derrotar
Até o instante que o tempo fecha
O corpo cessa, é a flecha que atinge o seu calcanhar
você começa a ver tudo girar
E Troia se diverte ao ver você sangrar
O que mais temia, olha que ironia
É a flecha que te obriga agora a se dobrar
será que agora você pode me entender?
Será que agora você pode me aceitar?
Joelho no chão, faço uma oração
Não dorme o olhar que vela por você
Solte as mãos (solte as mãos)
Você não está sozinho (jamais, jamais)
Solte as mãos
Não dorme o olhar que vela por você
Ei, quando foi a última vez
Que você soltou o leme da sua vida e confiou?
Mas aí, quem cuida de você não dorme (por você)
Não dorme o olhar que vela por você
Não dorme o olhar que vela por você
Não dorme o olhar que vela por você
Composição: Bruno Faglioni